Mídia especula se STF pode anular processo de Lula e tirá-lo das mãos de Moro

Ao menos os três maiores jornais do país amanheceram em “alerta” com a possibilidade

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Os três maiores jornais do país amanheceram, nesta quarta-feira (25), com especulações sobre a provável anulação do processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A coluna Painel, da Folha, diz que a decisão da Segunda Turma do STF de tirar das mãos de Sergio Moro os trechos da delação da Odebrecht que citam Lula “abre larga avenida não só para que duas ações penais a que o petista responde perante o juiz de Curitiba migrem para a Justiça de SP, como também tira a apreciação de eventuais recursos nesses casos da alçada do TRF-4”. A coluna lembra ainda que “a decisão da Segunda Turma do Supremo fortalece a alegação usada pela defesa de Lula em recursos apresentados contra o processo do tríplex, que levou o petista à prisão”. Outro que comentou o assunto em sua coluna foi o jornalista Merval Pereira. Sempre crítico a Lula e ao PT, o jornalista disse que a decisão do STF “abre um caminho perigoso para a sociedade e benéfico para Lula, que pode chegar até à anulação da condenação do ex-presidente pelo TRF-4”. Merval afirma que o objetivo da defesa é, anulando a condenação de segunda instância, tornar o ex-presidente elegível, livrando-o da Ficha Limpa. O jornalista lembra também que “com a decisão de ontem do Supremo, esses recursos acabaram ganhando conotação diferente, pois ela demonstra que o Supremo, em teoria, pode acolher a tese de que Moro não é o juiz natural também do processo do triplex do Guarujá”. Já a coluna de Vera Magalhães, no Estadão, lembra que “a decisão de três ministros da Segunda Turma comprova ‘o que sempre foi dito’ pela defesa de Lula: que o caso do ex-presidente nada tem a ver com a Lava Jato”. A colunista conclui: “Se faltava à defesa uma nulidade processual a ser alegada – e os nove advogados do petista gastavam laudas e laudas no palavrório da perseguição política e tribunal de exceção justamente pela falta desse caminho – agora não mais”.