Miliciano lavava dinheiro com pecuária e foi morto em área de fazendas de políticos

Ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, que recebeu honrarias e teve a família empregada pelo clã Bolsonaro, tinha fazendas em nome de "laranjas" na Bahia e em Sergipe

Adriano Nóbrega e o Parque Gilton Guimarães, fazenda onde estava escondido no interior da Bahia (Montagem)
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Morto na Bahia durante operação policial, o ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, que recebeu honrarias e teve a família empregada pelo clã Bolsonaro, lavava dinheiro da milícia de Rio das Pedras, onde comandava o Escritório do Crime, com a criação de gado em fazendas na Bahia e em Sergipe, que estão registradas em nomes de laranjas, segundo investigação da polícia do Rio.

Segundo informações de inteligência da Polícia Civil, Nóbrega estava escondido no Parque Gilton Guimarães, uma fazenda que também é área de vaquejadas, na zona rural de Esplanada. O local pertence a Leandro Guimarães, que também organiza outros torneios na região e há dez dias sediou um concurso com premiação total de R$ 60 mil.

A fazenda está localizada em um local conhecido como "entrada dos coqueiros" pelos moradores de Esplanada, região com diversas fazendas de alto padrão, inclusive de políticos, segundo o jornal O Globo, que teve acesso à investigação.

O local onde Adriano se escondeu possui 12 edificações, sendo que, na área principal, há quatro construções, entre elas a casa em que o ex-capitão estava, onde foram encontradas quatro armas.

Ao perceber a movimentação dos policiais, por volta das 6h deste domingo (9), Adriano fugiu em direção a uma chácara vizinha, que fica a oito quilômetros de distancia. A casa é do vereador Gilsinho da Dedé, que é filiado ao PSL, onde foi morto pela polícia.