Militares ligam alerta após ameaça de Bolsonaro sobre distúrbios dos EUA se repetirem no Brasil em 2022

Para militares ouvidos pelo Correio Braziliense, manifestações incentivadas por uma autoridade legalmente constituída, como Bolsonaro, podem ganhar maior proporção

Foto: Agência Brasil
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De acordo com informações de reportagem do Correio Braziliense, as declarações do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), de que situação no Brasil em 2022 pode ser pior do a invasão do Capitólio nos EUA, não caíram bem em setores das Forças Armadas.

A avaliação, diz o jornal, dentro de Exército, Marinha e Aeronáutica, é de que os militares, dificilmente, embarcariam em uma investida autoritária contra um presidente eleito. Os militares, no entanto, apontam preocupações com manifestações civis.

Para militares ouvidos pelo Correio, manifestações incentivadas por uma autoridade legalmente constituída, como Bolsonaro, podem ganhar maior proporção, assim como ocorreu na capital norte-americana. “O que temos de ressaltar é que a nossa sociedade é mais jovem e imatura do que a norte-americana”, disse um integrante da Aeronáutica.

Reações fora da caserna

Não foi apenas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, que ficou irritado com as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a invasão golpista do Congresso dos Estados Unidos. Além de endossar a ação pró-Donald Trump, o mandatário alegou que foi “roubado” nas eleições de 2018 e disse que distúrbios piores poderão acontecer no Brasil em 2022 caso não seja adotado o voto impresso.

Segundo informações da jornalista Thais Arbex, da CNN Brasil, ministros da corte alegaram que a declaração de Bolsonaro “desmoraliza” a Justiça Eleitoral e que Barroso deveria determinar abertura de inquérito contra o chefe do Executivo para que ele prove tais alegações.

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