Ministro de Bolsonaro defende general investigado pelo STF e diz que inquérito contra ele é censura

Questionado sobre sua opinião em relação à censura determinada a sites de notícias, o ministro disse que não se pode “silenciar liberdades”

General Carlos Alberto Santos Cruz (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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O ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, considera que o inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra, entre outros, o general Paulo Chagas, para apurar supostas ameaças a ministros da Corte segue o mesmo “princípio” e “motivações semelhantes” à censura imposta a sites de notícias pelo ministro Alexandre de Moraes, que já foi revogada. “Sou a favor total das liberdades do cidadão e sou contra censura. A imprensa precisa ter responsabilidades, assim como qualquer cidadão. Não importa se é A, B ou C. Se tem algo incomodando, tem a Justiça para recorrer. O importante é manter os canais abertos, canais livres para total liberdade de imprensa”, disse Santos Cruz ao Blog da Andréia Sadi. Questionado pelo blog sobre sua opinião em relação à censura determinada a sites de notícias, o ministro disse que não se pode “silenciar liberdades”. O ministro deixa claro que fala como "leigo", que não conhece tecnicamente o que está sendo investigado, mas afirma que, em sua opinião, se algo que está sendo investigado não for comprovado, quem acusou precisa ser “responsabilizado”. “Porque com essa exposição, se não se comprovar nada, o estado precisa ser responsabilizado”, afirmou. O ministro, que é amigo do general Paulo Chagas, diz que ele é um homem “honrado, sério e íntegro” e que o conhece há cerca de 30 anos.