O pedido de suspensão do inquérito das fake news apresentado pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, ao ministro Edson Fachin, do do Supremo Tribunal Federal (STF), não foi bem visto entre ministros da Corte.
Segundo o jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews, a chance da corte atender Aras tende a zero após consultar dois magistrados da Corte.
Um deles teria afirmado que o tribunal está unido para barrar "qualquer tentativa de intimidação" enquanto outro declarou que há "chance zero" de atender ao "estranho" pedido.
No pedido apresentado nesta quarta, o procurador cita uma manifestação feita por ele mesmo no inquérito, no último dia 19, ao ser informado sobre a possibilidade das ações autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes e realizadas hoje. E argumenta não ver crime nos posts em redes sociais dos alvos da operação, considerando “desproporcionais” as medidas de bloqueio das contas em redes sociais.
A operação
Na manhã desta quarta-feira a PF cumpriu 29 mandados de busca e apreensão em cinco estados, autorizados pelo relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes. O magistrado classificou a quadrilha como milícia digital e afirmou que a “liberdade não se confunde com irresponsabilidade”.
Na decisão, Moraes confirma existência de “Gabinete do Ódio” e lista financiadores de milícia digital. Saiba aqui quem são. Os empresários e blogueiros tiveram as redes sociais bloqueadas, enquanto parlamentares foram impedidos de apagar postagens.