Míriam Leitão, que também foi atacada, diz que Bolsonaro mostra que militares mentiram na Ditadura

A própria jornalista da Globo foi vítima da ira revisionista de Bolsonaro, que negou que ela tenha sofrido tortura na Ditadura, considerando a história dela como "drama mentiroso"

Miriam Leitão e Bolsonaro (Reprodução)
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Em artigo contundente nesta terça-feira (30), a jornalista Míriam Leitão, da Rede Globo, afirmou que sentiu "nojo" com as declarações de Jair Bolsonaro (PSL) a respeito do desaparecimento e morte do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que foi assassinado e morto pela Ditadura. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Para Míriam, Bolsonaro mostra, com isso, que os militares sempre mentiram sobre os crimes cometidos durante o regime. "Ao se colocar como o conhecedor dos segredos da ditadura, ele diz que há informações sonegadas ao país, que ele sabe onde estão. Nunca ficou tão claro que as Forças Armadas mentiram quando disseram não ter como recuperar os fatos. Nunca souberam, por exemplo, dizer as circunstâncias da morte de Vladimir Herzog, onde foi posto o corpo de Rubens Paiva, como foi assassinado num quartel da Aeronáutica o jovem Stuart Angel", declarou a jornalista, citando casos não esclarecidos ocorridos durante o regime militar. A própria jornalista foi vítima da ira revisionista de Bolsonaro, que negou que ela tenha sofrido tortura na Ditadura, considerando a história dela como "drama mentiroso". Miriam estava grávida quando foi presa pela ditadura militar em 1972 e sofreu várias formas de tortura por um período de três meses. Ódio e nojo Em seu artigo, Miriam Leitão cobra um posicionamento do Exército, Marinha e Aeronáutica sobre as declarações do presidente e relembra uma fala do ex-deputado Ulysses Guimarães durante o processo de redemocratização do Brasil. "É hora de lembrar o que disse o grande Ulysses Guimarães ao promulgar a nossa Carta Magna: 'Temos ódio à ditadura, ódio e nojo'. Ontem foi o dia de sentir nojo", escreveu. Leia o artigo na íntegra

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