A decisão do presidente Jair Bolsonaro de cruzar a Praça dos Três Poderes escoltado por um grupo de empresários e se reunir de surpresa com o presidente do Supremo Tribunal Federa, Dias Toffoli, não agradou os demais membros da corte.
Em entrevista ao colunista Josias de Souza, do Uol, três magistrados teriam classifica a atitude do presidente como "presepada", "molecagem" e "pegadinha".
"O que o presidente fez pode ser classificado como uma molecagem. Ele tenta transferir para o Supremo uma responsabilidade que é dele", disse um dos ouvidos. "Se estivesse na presidência do Supremo, não sairia da minha casa para uma presepada dessas", respondeu outro.
Um terceiro ainda defendeu Toffoli: "O presidente da República pediu para ser recebido. Por civilidade, o Toffoli concordou. De repente, o presidente do Supremo viu-se no centro de uma transmissão ao vivo, ouvindo queixas sobre um problema que cabe ao Executivo gerenciar, não ao Judiciário. Isso não é sério".
De surpresa, Bolsonaro levou para o encontro com Toffoli o ministro Paulo Guedes e 15 empresários, que representam diversos setores, como o têxtil, de produção de cimento, energia, cimento, farmacêutico, de máquinas, calçados e energia. Eles defenderam a flexibilização do isolamento social.