"Molecagem": Ministros do STF se irritam com "visita surpresa" de Bolsonaro

O presidente levou 15 empresários para o Supremo com o objetivo de defender o fim do isolamento social

Jair Bolsonaro com Paulo Guedes e empresários em reunião com Dias Toffoli no STF (Reprodução)Créditos: Reprodução/Youtube
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A decisão do presidente Jair Bolsonaro de cruzar a Praça dos Três Poderes escoltado por um grupo de empresários e se reunir de surpresa com o presidente do Supremo Tribunal Federa, Dias Toffoli, não agradou os demais membros da corte.

Em entrevista ao colunista Josias de Souza, do Uol, três magistrados teriam classifica a atitude do presidente como "presepada", "molecagem" e "pegadinha".

 "O que o presidente fez pode ser classificado como uma molecagem. Ele tenta transferir para o Supremo uma responsabilidade que é dele", disse um dos ouvidos. "Se estivesse na presidência do Supremo, não sairia da minha casa para uma presepada dessas", respondeu outro.

Um terceiro ainda defendeu Toffoli: "O presidente da República pediu para ser recebido. Por civilidade, o Toffoli concordou. De repente, o presidente do Supremo viu-se no centro de uma transmissão ao vivo, ouvindo queixas sobre um problema que cabe ao Executivo gerenciar, não ao Judiciário. Isso não é sério".

De surpresa, Bolsonaro levou para o encontro com Toffoli o ministro Paulo Guedes e 15 empresários, que representam diversos setores, como o têxtil, de produção de cimento, energia, cimento, farmacêutico, de máquinas, calçados e energia. Eles defenderam a flexibilização do isolamento social.