O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF), enviou na terça-feira (12) um ofício ao ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo que o ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres, seja investigado pelo tribunal.
Moraes pede que a corte apure se Torres fez propaganda eleitoral antecipada ao aparecer na live em que Bolsonaro disparou ataques contra as urnas sem apresentar prova alguma. O ministro alega que Torres teria participado da transmissão com o intuito de se lançar candidato nas eleições de 2022.
Torres pode se lançar candidato ao governo do Distrito Federal no próximo pleito.
Durante a transmissão, o ministro usou informações antigas da Polícia Federal para defender o voto impresso.
No último dia 4, Moraes atendeu a um pedido do TSE e determinou a inclusão de Bolsonaro no inquérito das fake news.
Segundo o magistrado, Bolsonaro pode ter cometido 11 crimes com seus ataques ao sistema eleitoral. São eles: calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime, associação criminosa, denunciação caluniosa, tentar mudar a ordem com emprego da violência ou grave ameaça, fazer propaganda de processos ilegais, incitar a subversão da ordem política ou social e, finalmente, atribuir a alguém a prática de crime ou ato infracional de que o sabe inocente com finalidade eleitoral.
Com informações do Estado de S. Paulo e do G1