Moreira Franco passou dois dias na casa de Rodrigo Maia, em Brasília, antes de viajar e ser preso

A prisão de Moreira Franco causou um levante entre aliados de Maia no Congresso, que já falam em decretar o fim da reforma da Previdência, segundo a Folha de S.Paulo

Moreira Franco e Rodrigo Maia (Foto: Reprodução)
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Coluna do jornalista Lauro Jardim, na edição desta sexta-feira (22) do jornal O Globo, revela que o ex-secretário-geral da Presidência, Moreira Franco (MDB/RJ), ficou hospedado por dois dias na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), antes de viajar de volta ao Rio de Janeiro e ser preso na saída do aeroporto do Galeão (veja o vídeo da prisão). Na madrugada da quarta-feira (20), quando Moreira estava na casa de Maia - que é casado com sua enteada, Patrícia -, o presidente da Câmara se irritou com mensagens de whatsapp do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que estaria cobrando uma tramitação mais rápida do pacote anticrime no Congresso. No dia seguinte, Maia chamou Moro de "funcionário de Bolsonaro" e classificou o projeto de lei como um "copia e cola" de proposta já enviada pelo hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Freio da reforma A prisão de Moreira Franco causou um levante entre aliados de Maia no Congresso, que já falam em decretar o fim da reforma da Previdência, segundo informações da coluna Painel, de Daniela Lima, na edição desta sexta-feira (22) da Folha de S.Paulo. Segundo a jornalista, aliados de Maia demonstraram profunda irritação com a reação de bolsonaristas nas redes, decretaram o fim da reforma da Previdência, prometeram retomar o projeto que pune o abuso de autoridade e adiaram a saída de Brasília. Uma postagem de Carlos Bolsonaro após a prisão de Temer e Moreira foi vista como uma afronta ao presidente da Câmara. Ministros foram avisados de que o estrago havia sido grande e houve cobrança para uma intervenção definitiva de Jair Bolsonaro sobre os filhos. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.