Moro condena invasão de hospital e alfineta Bolsonaro: "Esse comportamento não pode ser incentivado"

Grupo invadiu hospital no Rio de Janeiro e quebrou equipamentos no ímpeto de verificar se havia leitos disponíveis, seguindo orientação de Bolsonaro

Foto: Carolina Antunes/PR
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O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, se pronunciou pelo Twitter, na noite desta sexta-feira (12), sobre a notícia de que um grupo invadiu um hospital no Rio de Janeiro e quebrou equipamentos. Os invasores, que seriam parentes de uma pessoa que morreu de Covid-19 supostamente por falta de leito, queriam checar se de fato não havia vagas disponíveis na unidade de saúde.

"É necessário que as pessoas pensem e reflitam sobre suas ações.Compreende-se a dor de uma família que perde um ente querido, mas precisamos repudiar a violência e atos tresloucados que colocam outros em risco", escreveu Moro.

O ex-ministro, em sua postagem, ainda alfinetou seu ex-aliado, o presidente Jair Bolsonaro. "Esse comportamento não pode ser incentivado", completou.

https://twitter.com/SF_Moro/status/1271555838520541185

Um dia antes do ocorrido, na noite desta quinta-feira (11), Bolsonaro pediu, em uma live nas redes sociais, para que seus apoiadores invadissem hospitais e filmassem para checar se há ou não leitos disponíveis. A fala se deu em um momento em que o presidente dizia que ninguém morreu por falta de leitos e que não há superlotação no sistema de saúde.

Nesta sexta-feira os nove governadores dos estados do Nordeste divulgaram uma carta conjunta contra o incentivo do presidente.