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Investigado por uso de candidaturas laranjas pelo PSL em Minas Gerais nas eleições de 2018, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, acionou o colega da Justiça para investigar supostas fake news envolvendo a atriz Regina Duarte, aspirante à Secretaria de Cultura do governo.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na edição deste sábado (15) da Folha de S. Paulo, o documento se refere diretamente a uma suposta reportagem publicada no site Crítica Nacional que acusa Duarte de se encontrar com a deputada Jandira Feghali (PCdoB) e a empresária Paula Lavigne.
“Ressalto que em apuração interna, verificou-se que não houve qualquer tratativa sobre o assunto abordado na mensagem eletrônica supracitada”, diz Marcelo Álvaro, no ofício.
Dirigido por Paulo de Oliveira Eneas, o site Crítica Nacional é um dos preferidos do clã presidencial e é acusado de propagar fake news em prol de Jair Bolsonaro.
A reportagem afirma que a "Secretária Especial de Cultura Regina Duarte agendou encontros na secretaria com a deputada federal Jandira Feghali e com Paula Lavigne, esposa de Caetano Valoso e uma das figuras públicas esquerdistas do meio artístico de maior visibilidade no País".
Ainda há menção ao Ministério do Turismo: "Foi dada uma ordem pelo Ministério do Turismo para abrir agenda para a Jandira Feghali por determinação direta de Regina Duarte, que convidou a deputada comunista para o encontro na secretaria".
A tentativa de ligar Duarte e Lavigne com as informações falsas ocorre após a atriz, organizadora do movimento 342 Artes, ter anunciado uma lista de pedidos para Duarte, caso assumisse a Secretaria.
As duas chegaram a trabalhar juntas na Globo, e, sobre a nomeação de Duarte para o cargo, Lavigne afirmou que "na situação de desmonte total da cultura que estamos vivendo, ter Regina Duarte pode ajudar", ao dizer que a atriz era "de direita, mas não é nazista".