O ex-ministro e ex-juiz federal Sérgio Moro usou as redes sociais nesta quinta-feira (6) para celebrar um manifesto lançado por 17 senadores do chamado "Muda Senado" em prol da Operação Lava-Jato.
"É muito importante para o combate à corrupção no país a atuação efetiva de parlamentares em defesa da Lava Jato, na linha do manifesto do grupo Muda Senado", escreveu o ex-ministro.
No manifesto, os parlamentares afirmam que há uma "crescente escalada de ações e manifestações vindas de notórias autoridades dos três Poderes" que buscam, de forma "orquestrada", "fomentar uma narrativa política que destrua a credibilidade das operações de combate à corrupção que mudaram a face do Brasil, com especial destaque para os ataques direcionados à Operação Lava Jato".
Os senadores criticam o procurador-geral da República, Augusto Aras, "decisões inusitadas proferidas em regime de Plantão no Judiciário" e "políticos investigados ou processados". O procurador Deltan Dallagnol, alvo do CNMP, é descrito como uma figura que "simboliza gigantesco e meritório esforço no efetivo combate à corrupção".
O manifesto não menciona a decisão do STF de reconhecer que houve "quebra de imparcialidade" de Moro que gerou interferência nas eleições de 2018, nem mesmo as conversas reveladas pelas reportagens da Vaza Jato que mostram conluio de Moro e Dallagnol.
Assinam o documento: Alessandro Vieira (Cidadania-ES), Alvaro Dias (Podemos-PR), Arolde de Oliveira (PSD-RJ), Eduardo Girão (Podemos-CE), Flávio Arns (Rede-PR), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Marcos do Val (Podemos-ES), Major Olímpio (PSL-SP), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Plínio Valério (PSDB-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Reguffe (Podemos-DF), Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e Soraya Thronicke (PSL-MS).
Leia aqui o manifesto, na íntegra, obtido pelo Congresso Em Foco
Com informações do Congresso Em Foco