Moro indica Deltan Dallagnol para PGR, mas Bolsonaro rejeita

Parceiro de Dallagnol nas conversas da Vaza Jato, Moro sugeriu a Bolsonaro a indicação do procurador para a sucessão de Rachel Dodge na Procuradoria-Geral da República, que foi prontamente negada

Foto: ArquivoCréditos: Jorge Araújo/FolhaPress
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Apesar de publicamente não falar sobre o procurador Deltan Dallagnol, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, sugeriu para o presidente Jair Bolsonaro a nomeação de Deltan como Procurador-Geral da República, que negou. Moro e Dallagnol aparecem como parceiros na trama de cooperação ilegal revelada pela Vaza Jato. A informação é do jornalista Kennedy Alencar, da rádio CBN. "O ministro Sérgio Moro, da Justiça, pediu ao presidente jair Bolsonaro para indicar o procurador Deltan Dallagnol para a PGR. O presidente Jair Bolsonaro se recusou. Bolsonaro disse que não vai indicar o Dallagnol". Alencar ainda destaca que a atual PGR, Rachel Dodge, perdeu força após cobrar explicações sobre a indicação de Eduardo Bolsonaro para a Embaixada do Brasil nos EUA. O presidente deve definir nas próximas semanas quem vai assumir o posto no lugar de Dodge. Uma lista tríplice foi elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), mas Bolsonaro não tem obrigação de seguí-la. Os três procuradores indicados pela ANPR, os mais votados em eleição realizada pela associação, são Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul. Dallagnol foi bastante afetado pela Vaza Jato e tem três processos administrativos contra ele tramitando no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Um deles havia sido arquivado e retornou nesta terça-feira (13) após solicitação de dois conselheiros. A informação ainda demonstra o ex-juiz federal Sérgio Moro segue "perdendo moral" com o presidente Jair Bolsonaro, que pode ser socorrido pelo governador João Dória (PSDB).