O ex-ministro da Justiça Sergio Moro será intimado pelo ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União). Dantas quer que Moro explique se firmou contratos remunerados de trabalho depois que saiu do governo.
Moro ganhou seis meses de quarentena ao deixar o governo, recebendo salário de ministro e só poderia se ocupar em atividades que já eram permitidas quando ele estava no governo, como dar aulas.
O Ministério Público junto ao TCU pediu que o órgão o investigasse por estar escrevendo em publicações de mídia.
O ministro recebeu a ação, assinada pelo procurador Lucas Furtado, com cautela e preferiu pedir informações, tanto de Moro como da Comissão de Ética da Presidência.
Moro, por sua vez, afirmou através de sua assessoria que a comissão o autorizou a publicar textos em veículos de comunicação por se tratar de liberdade de expressão e não gerar conflitos.
Porta-voz da Lava Jato
O portal O Antagonista, conhecido como porta-voz da operação Lava Jato, e que comanda a Revista Crusoé, anunciou em junho que Moro será integrado ao veículo como novo colunista.
“Sem as amarras de magistrado e de ministro, Moro está livre para dizer o que pensa sobre o contexto nacional e dar a sua visão sobre os mais diversos assuntos que interessam ao Brasil”, afirma o Antagonista em nota.
O ex-ministro, que pretende pedir inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, está impedido de exercer a advocacia por seis meses pela Comissão de Ética Pública da Presidência. Criminalistas críticos da condução da operação Lava Jato querem impugnar possível registro do ex-juiz na OAB.
Com informações da coluna de Mônica Bergamo