Moro usa frase de efeito pra atacar Lula, mas faz de conta que não debate com ele

Lula disse que a atuação da Justiça tem servido para desmoralizar a Petrobras e o Rio de Janeiro. Mais cedo, em entrevista, o ex-presidente disse ainda que “nenhum presidente da República eleito teria a desfaçatez de fazer o que o Temer está fazendo”

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Lula disse que a atuação da Justiça tem servido para desmoralizar a Petrobras e o Rio de Janeiro. Moro respondeu fingindo que não respondia Da Redação* Sérgio Moro se negou, nesta sexta-feira (8), a responder fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem a atuação da Justiça tem servido para desmoralizar a Petrobras e o Rio de Janeiro. Para a negativa, no entanto, atacou o ex-presidente dissimulando não o atacar, ao dizer que “não debate publicamente com pessoas condenadas por crime”. O ex-presidente encerra nesta sexta-feira a caravana Lula pelo Rio de Janeiro, com um ato na UERJ, às 19h. Durante a viagem, além de críticas à justiça, Lula defendeu ainda ajuda federal ao Rio para recuperação da situação financeira do estado. Sobre a segurança pública, o ex-presidente ressaltou que o meio mais efetivo de se combater o aumento da criminalidade é promovendo a geração de empregos. Sobre o governo Temer, Lula disse ainda em entrevista à Rádio Tupi, nesta sexta-feira (8), que nenhum presidente eleito teria "coragem" de executar a agenda pautada pelo governo Temer. "Nenhum presidente da República que fosse eleito teria a desfaçatez de fazer o que o Temer está fazendo. Eles queriam que a Dilma fizesse e ela se recusou. Por isso tiraram ela", avaliou. Lula citou a reforma trabalhista como exemplo e criticou a medida que permite o trabalho intermitente. "O que fizeram com a reforma foi um crime. Criaram um tal de trabalho intermitente em que o trabalhador nunca vai saber quanto vai ganhar no fim do mês. Rasgaram tudo que foi feito em 1943", analisou. Para o ex-presidente, trabalhadores não sentirão os efeitos da reforma "nem hoje, nem amanhã", mas "ao longo do tempo". Sobre a Previdência, Lula criticou o modelo proposto pelo atual governo, que em breve deve ser analisado pelo Congresso. "Você não pode jogar a culpa da crise econômica no aposentado. A previdência foi superavitária de 2004 a 2014 porque geramos emprego, aumentamos o mínimo, formalizamos as domésticas. Tem que gerar empregos pra gerar contribuição", ressaltou. *Com informações do Estadão Conteúdo