Em guerra com Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça usou um termo que remete ao Reich, de Adolph Hitler, para comentar a recriação do Ministério das Comunicações, que foi entregue ao deputado Fabio Faria (PSD-RN), integrante do chamado Centrão na Câmara e genro de Silvio Santos, dono do SBT e um dos principais aliados do presidente.
"Recriado o Ministério da Propaganda. Quais serão os próximos?", indagou o ex-juiz da Lava Jato. O termo remete ao ministério comandado por Joseph Goebbels durante o regime nazista e era usado para controlar a imprensa e a artes por Hitler.
A publicação foi criticada por bolsonaristas, como o chefe do site de Olavo de Carvalho, o youtuber Bernardo Küster, que indagou ao ex-aliado se estava recebendo dinheiro do megaespeculador George Soros. "Já caiu algum cheque do Soros no Instituto?", escreveu
Davy Albuquerquer da Fonseca, chefe de redação de outro site bolsonarista, também atacou o ex-ministro da Justiça. "Talvez um ministério para quem traiu e abandonou a missão e que está desempregado, mas continua recebendo salário do governo por 6 meses?".
SBT
Durante o tempo em que esteve no governo, Moro recorreu ao SBT, de Silvio Santos - sogro do agora ministro da Comunicação - para tentar explicar denúncias que o envolviam
Em meio a escândalos da Vaza Jato, o ex-juiz federal foi ao programa do Ratinho, de quem recebeu o apoio.
“Nosso herói não tem capa, mas é o único herói brasileiro do momento”, disse Ratinho logo no início da entrevista, mostrando que protagonizaria mais um show de apoio ao governo Bolsonaro. Duas semanas antes, o apresentador havia recebido o presidente em campanha pró-reforma da Previdência.