Moro usa termo que remete ao nazismo para comentar recriação do Ministério das Comunicações por Bolsonaro

"Recriado o Ministério da Propaganda", tuitou o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, remetendo à pasta comandada por Joseph Goebbels no Reich de Adolf Hitler

Moro e o apresentador Carlos Massa, o Ratinho (Reprodução/Twitter)
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Em guerra com Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça usou um termo que remete ao Reich, de Adolph Hitler, para comentar a recriação do Ministério das Comunicações, que foi entregue ao deputado Fabio Faria (PSD-RN), integrante do chamado Centrão na Câmara e genro de Silvio Santos, dono do SBT e um dos principais aliados do presidente.

"Recriado o Ministério da Propaganda. Quais serão os próximos?", indagou o ex-juiz da Lava Jato. O termo remete ao ministério comandado por Joseph Goebbels durante o regime nazista e era usado para controlar a imprensa e a artes por Hitler.

https://twitter.com/SF_Moro/status/1271088917547225088

A publicação foi criticada por bolsonaristas, como o chefe do site de Olavo de Carvalho, o youtuber Bernardo Küster, que indagou ao ex-aliado se estava recebendo dinheiro do megaespeculador George Soros. "Já caiu algum cheque do Soros no Instituto?", escreveu

https://twitter.com/bernardopkuster/status/1271091916512260096

Davy Albuquerquer da Fonseca, chefe de redação de outro site bolsonarista, também atacou o ex-ministro da Justiça. "Talvez um ministério para quem traiu e abandonou a missão e que está desempregado, mas continua recebendo salário do governo por 6 meses?".

https://twitter.com/AlbuquerqueDavy/status/1271090091138723841

SBT
Durante o tempo em que esteve no governo, Moro recorreu ao SBT, de Silvio Santos - sogro do agora ministro da Comunicação - para tentar explicar denúncias que o envolviam

Em meio a escândalos da Vaza Jato, o ex-juiz federal foi ao programa do Ratinho, de quem recebeu o apoio.

“Nosso herói não tem capa, mas é o único herói brasileiro do momento”, disse Ratinho logo no início da entrevista, mostrando que protagonizaria mais um show de apoio ao governo Bolsonaro. Duas semanas antes, o apresentador havia recebido o presidente em campanha pró-reforma da Previdência.