Morte de mestre Moa teve motivação política, afirma inquérito

Ele foi esfaqueado 12 vezes no dia em que foi realizado o primeiro turno depois de dizer para um eleitor de Bolsonaro que tinha votado em Haddad

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O inquérito sobre o assassinato do mestre capoeira Moa do Katendê foi concluído pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Bahia e a discussão político-partidária foi apontada como a motivação para o crime. Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, foi esfaqueado 12 vezes nas costas no dia em que foi realizado o primeiro turno das eleições depois de dizer para um eleitor do candidato Jair Bolsonaro (PSL) que ele tinha votado em Fernando Haddad (PT). Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, o inquérito foi encaminhado para o Ministério Público Estadual na segunda-feira (15). De acordo com a pasta, além de Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, ter confessado o crime, testemunhas do assassinato confirmaram os fatos. Na noite em que o mestre foi morto, depois de discutir com ele por conta das eleições no bar que fica em Dique Pequeno, bairro do Engenho Velho de Brotas, no centro de Salvador, o autor foi até sua casa, buscou uma faca e voltou para o bar onde estava a vítima. Mestre Moa morreu no local. Preso em flagrante, o suspeito disse que foi xingado e que estava consumindo bebida alcoólica desde o início da manhã do domingo de eleição. Em depoimento, ele disse estar arrependido.

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