Depois de Jair Bolsonaro baixar o tom nas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), criticou à corte e, sem citar o nome de Alexandre Moraes, que comanda o inquérito das fake news, disse que "no momento em que o Supremo age como polícia, procurador e juiz, a coisa fica um tanto complicada".
"Eu ainda espero que esse inquérito conduzido pelo STF termine sendo feito da melhor forma possível, sem atropelar mais, digamos assim, o estado de direito”, afirmou Mourão em entrevista à Rádio Gauíba na manhã desta terça-feira (30).
O vice-presidente ainda criticou as prisões de apoiadores de Jair Bolsonaro como Sara Winter e Daniel Miguel, que lideraram o acampamento na Praça dos Três Poderes e atacaram o STF com fogos de artifício.
“As ações desse pessoal, para mim, eram coisa de juizado de pequenas causas. Uma vez comprovado que houve o excesso, como o cara aquele que lançou fogos de artifício em direção ao prédio do STF e outras manifestações que ocorreram, essa turma vai pagar cesta básica, vai pintar escola. Não precisa prender esse pessoal”, afirmou.
Mourão ainda minimizou a atuação de Fabrício Queiroz, preso recentemente no sítio do advogado Frederick Wassef em Atibaia. “Desde o ano passado, quando surgiu isso aí, o presidente foi muito claro: ‘quem errou, paga'. É óbvio que toda essa celeuma prejudica, vamos dizer assim, o governo, no momento em que o governo tem que estar abordando assuntos desta natureza”.