Mourão diz que indígenas não precisam de água potável porque "se abastecem dos rios"

O vice-presidente minimizou as críticas recebidas por Bolsonaro após vetos em lei de proteção a indígenas durante a pandemia

Foto: Alan Santos/PR
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O vice-presidente Hamilton Mourão, presidente do Conselho da Amazônia, minimizou os vetos do presidente Jair Bolsonaro à lei de proteção de indígenas contra o novo coronavírus.

"Em relação à água potável, o indígena se abastece da água dos rios que estão na sua região. Se, porventura, algum rio daqueles for contaminado por atividade ilegal, notadamente garimpo, com o uso de mercúrio, então, se leva água para esses grupos", afirmou Mourão durante coletiva de imprensa.

O trecho vetado por Bolsonaro que causou mais polêmica foi justamente o que previa o acesso universal a água potável. Bolsonaro disse que derrubou a previsão porque ela “cria despesa obrigatória ao Poder Público”.

O deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA), um dos autores do Projeto de Lei 1142/2020, foi um dos que se manifestou contra o veto e classificou a medida como "genocídio". O texto agora vigora na Lei Ordinária 14021/2020.

“É genocídio. Essa é a intenção de todos esses vetos do presidente da República, que nem nesse momento em que ele enfrenta a Covid, já que ele foi diagnosticado com coronavírus, ele teve a sensibilidade de sancionar integralmente esse projeto que foi amplamente debatido e discutido no Congresso Nacional”, disse ao Fórum Café.

Com informações do O Globo