O vice-presidente Hamilton Mourão criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) em entrevista nesta segunda-feira (4) e afirmou que cabe ao presidente Jair Bolsonaro fazer as nomeações que quiser e adotar as medidas que bem entender quanto à política externa.
Na última semana, o presidente foi impedido por ministros do STF de nomear Alexandre Ramagem - amigo dos seus filhos - para a direção-geral da Polícia Federal e não pôde expulsar diplomatas venezuelanos do país também por decisão da Corte.
Para Mourão, "existe uma questão de disputa de poder entre os diferentes Poderes" e há uma "pressão muito grande em cima do Poder Executivo". "Cada um tem que navegar dentro dos limites da sua responsabilidade. Os casos mais recentes, da nomeação do diretor-geral da Polícia Federal e a questão dos diplomatas venezuelanos, são decisões que são do presidente da República. É responsabilidade dele (Bolsonaro) e decisão dele escolher seus auxiliares. Assim, como chefe de Estado, é responsável pela política externa do país", afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha.
"É responsabilidade do presidente da República escolher seus auxiliares, quer a gente goste ou não", reforçou.
Mourão ainda afirmou que Bolsonaro "tem compromisso com a democracia". "Acho que a gente tem que se balizar muito mais pelas ações do que, muitas vezes, palavras que são ditas em algum momento de maior exaltação", disse.
"Quando presidente se refere a apoio das Forças armadas, é apoio institucional à pessoa dele como chefe de Estado e chefe de governo (…) Forças armadas não tutelam o país em hipótese alguma. Forças Armadas se consideram e sempre se considerarão como elementos do Estado brasileiro, e é dessa forma que elas agem", completou.
Com informações do O Globo