Movimento que processa médico que fez aborto de menina agora quer fim da obrigatoriedade de vacina

Em ofício ao ministro da Saúde, o Movimento Legislação e Vida, liderado por Hermes Rodrigues Nery - que chegou a ser cotado para o MEC -, pede criação de comissão de ética para rever vacinação contra Covid e obrigatoriedade de outras vacinas no País

Hermes Rodrigues Nery, ao centro, em evento com Bolsonaro (Reprodução)
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Capitaneado pelo jornalista e historiador Hermes Rodrigues Nery, que chegou a ser cotado para ser Ministro da Educação de Jair Bolsonaro, o Movimento Legislação e Vida, defensor da pauta antiaborto, agora quer o fim da obrigatoriedade da vacina contra o coronavírus.

Em live nas redes sociais com o título Pandemia, Imunização Obrigatória e Globalismo, Nery afirma que enviou ofício ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pedindo a criação de uma Comissão Nacional de Bioética para “auxiliar o governo federal em suas decisões”.

"Sabendo da enorme responsabilidade do Ministério da Saúde em encontrar meios para proteger a população brasileira, sabendo da disseminação do coronavírus, sugerimos inicialmente que seja formada uma comissão nacional de bioética para justamente auxiliar o governo federal nas decisões que requerem informações com objetividade, lastreadas por conhecimento científico, sem que tais decisões sejam pressionadas por interesses de mercado, ideológicos em nível global, nacional, regional e local", diz o ato, lido por Nery, que também processa o médico que fez o aborto na menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada por 4 anos pelo tio.

O documento é assinado por 17 pessoas, incluindo médicos psiquiatras, e também pede a alteração de lei que prevê a obrigatoriedade da vacinação no país.

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