MP acusa Ministério da Justiça de proteger operador de Serra

Criação de uma força-tarefa entre Brasil e Espanha para investigar suspeitas de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo empresas de Gregório Marin Preciado, empresário ligado ao tucano, foi barrada pelo Ministério da Justiça.

Foto: Jessika Lima/AIG-MRE
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Criação de uma força-tarefa entre Brasil e Espanha para investigar suspeitas de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo empresas de Gregório Marin Preciado, empresário ligado ao tucano, foi barrada pelo Ministério da Justiça. Da Redação* O Ministério da Justiça breca desde outubro de 2016 a criação de uma força-tarefa entre Brasil e Espanha para investigar suspeitas de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo a empresa de capital misto espanhola Defex. A Espanha pediu a criação de uma equipe de trabalho conjunta para apurar um repasse de 7 milhões da Defex para empresas de Gregório Marin Preciado, entre elas a Iberbrás. Preciado é casado com uma prima de José Serra (PSDB) e apontado como operador do senador tucano. A Iberbrás apareceu na Lava Jato por causa da refinaria de Pasadena. De acordo com o delator Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, por meio de um contrato fraudulento com a Astra Oil, a Iberbrás escoou propina de US$ 15 milhões destinada ao pagamento de vantagens indevidas a funcionários da Diretoria Internacional e de Abastecimento da Petrobras. Em 22 de junho deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou um ofício ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, cobrando uma posição sobre o pedido de formação da equipe conjunta de investigação. No documento, o procurador afirmou que houve uma discussão em outubro do ano passado sobre o tema, mas o governo não encaminhou “mais qualquer informação” para formar o grupo conjunto. O pedido de criação do grupo não teve andamento no Ministério da Justiça nas gestões de Alexandre de Moraes, Osmar Serraglio e de Torquato. Na época do pedido espanhol, Janot comunicou Michel Temer sobre o caso. A Procuradoria queria evitar que as informações chegassem ao Ministério das Relações Exteriores, chefiado à época por José Serra, uma vez que a investigação esbarra em informações sobre o empresário, que é próximo ao tucano. *Com informações do Brasil 247 e do Estado de S. Paulo Foto: Jessika Lima/AIG-MRE/Fotos Públicas