Chefe do MP de SP recomenda uso da força para impedir PMs no 7 de setembro

Mário Sarrubbo destacou que "o ordenamento jurídico repudia a ação de grupos armados, civis ou militares, que se reúnam com o objetivo de promover a ruptura"

Foto: Eduardo Saraiva/A2IMG
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O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, recomendou neste sábado que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros adotem medidas para impedir a participação de PMs e bombeiros nos atos golpistas do 7 de setembro. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro defende a presença dos agentes, governadores anunciaram que pode haver punição.

Segundo informações de Pepita Ortega e Fausto Macedo, do Estadão, recomendação expedida pelo chefe do MP paulista ao secretário estadual de segurança cogita até uso da força.

"Determine aos Senhores Comandantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo que adotem todas as medidas que lhes são ofertadas pela legislação vigente para prevenir, buscar, e se for o caso, fazer cessar, inclusive por meio da força, qualquer forma de atos/manifestações promovidas e/ou integradas por policiais militares estaduais em atividade, de serviço ou não, inclusive utilizando-se dos meios dispostos pelo estado de São Paulo para a consecução do serviço ostensivo, no contexto de atos alusivos a manifestações político-partidárias de qualquer natureza", pede.

Além disso, Sarubbo recomenda "instauração de procedimentos administrativos, tão logo identifique envolvidos em
atos da espécie".

O procurador destaca ainda que "o ordenamento jurídico repudia a ação de grupos armados, civis ou militares, que se reúnam com o objetivo de promover a ruptura da ordem constitucional vigente e do Estado Democrático, concebendo tais práticas como crimes inafiançáveis e imprescritíveis".

Bolsonaro defende PMs

Durante discurso feito em evento conservador neste sábado, Bolsonaro defendeu a presença de PMs nos atos do 7 de setembro.

“Hoje você vê alguns governadores ameaçando expulsar policiais militares que porventura estejam de folga no dia 7 e compareçam para festejar o 7 de setembro, Se nós falarmos ‘eu não sou policial militar, não tenho nada a ver com isso’, aguarde que a sua hora vai chegar”, afirmou.

Confira aqui a íntegra da recomendação, obtida pelo Estadão