MST ocupa prédio do Ministério do Planejamento em Brasília

O objetivo é exigir do governo o descontingenciamento do orçamento da reforma agrária de 2017 e a reabertura do orçamento de 2018. A proposta que o governo tem submetido ao Congresso é o desmonte total das duas áreas, dizem as lideranças

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O objetivo é exigir do governo o descontingenciamento do orçamento da reforma agrária de 2017 e a reabertura do orçamento de 2018. A proposta que o governo tem submetido ao Congresso é o desmonte total das duas áreas, dizem as lideranças Por Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam, desde as 5h de hoje (17), o térreo do edifício-sede do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. De acordo com líderes do movimento, mil pessoas provenientes do Distrito Federal, Minas Gerais e Goiás participam da mobilização, organizada no contexto da Jornada Nacional das Lutas de Outubro, iniciada ontem (16). Devido à obstrução das portarias central e privativa e da garagem, diversos funcionários da pasta aguardam, no pátio externo, a liberação do acesso aos escritórios do prédio e uma definição quanto ao início do expediente. A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, multidão e área interna "A jornada tem um único objetivo: exigir do governo o descontingenciamento do orçamento da reforma agrária e da agricultura familiar de 2017 e a reabertura do orçamento de 2018 [quanto às mesmas rubricas]. A proposta que o governo tem submetido ao Congresso é o desmonte total das duas áreas. Em alguns programas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o corte passa de 90%", diz Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST. A imagem pode conter: 2 pessoas, multidão e área interna Conceição também informa que é esperada a adesão de quilombolas e indígenas ao ato "unitário do campo". Outra reivindicação é relacionada à qualidade dos alimentos produzidos no país, que, na sua avaliação, estão inseridos em um modelo que privilegia a utilização do agrotóxico e, com isso, ameaça a saúde da população. “Desde o dia 16 de outubro, estamos em jornada unitária dos movimentos do campo que tem como objetivo pressionar o governo federal para restabelecer com prioridade o orçamento da política agrária”, afirma Marina Ricardo, da coordenação nacional do MST. Segundo ela, os trabalhadores querem “o descontingenciado do orçamento de 2017 e a recomposição para o de 2018”. Segundo o tenente Marcus Uítalo, da Polícia Militar, um destacamento de 20 homens faz o policiamento do local, com quatro viaturas. A Agência Brasil tentou contato com o Ministério do Planejamento, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. Fotos e vídeos: MST