Na CPI, Rogério Carvalho diz que fé pública em Bolsonaro levou a mortes e pede "prisão perpétua"

"É preciso responsabilizar essas pessoas", cobrou o senador do PT

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O senador Rogério Carvalho (PT-SE) criticou duramente o governo Jair Bolsonaro durante sessão da CPI do Genocídio nesta sexta-feira (11). A comissão recebeu a microbiologista Natalia Pasternak e o sanitarista Claudio Maierovitch em audiência.

"Tem uma coisa que é a fé pública. Se a pessoa virou presidente, ele tem, no mínimo, uma credibilidade. Se ele fala, aquela declaração tem um grau de fé pública e isso está sendo usado para levar as pessoas à morte deliberadamente", afirmou o senador.

"O que foi feito em Manaus foi um experimento com seres humanos, Dra. Nathalia. É de uma gravidade... Se for apurado com lupa é para dar prisão perpétua. Expuseram uma cidade inteira a um tratamento, a uma medida de controle sanitária ineficaz para testar, isso enquanto as pessoas morriam sufocadas por falta de oxigênio. É muito grave. Gravíssimo. É insuportavelmente repugnante", prosseguiu.

Para Carvalho, as investigações que estão sendo realizadas na comissão e estudos como o do epidemiologista Pedro Hallal mostram que "o crime de extermínio está se configurando". "É preciso responsabilizar essas pessoas", cobrou.

Na comissão, os dois cientistas criticaram as medidas adotadas pelo governo durante a pandemia. “Todo cientista brasileiro quando percebe que a ciência está sendo distorcida para promover curas milagrosas e está sendo ignorada para o que ela pretende no controle da pandemia, nas medidas que são aprovadas pela ciência. Então, é obrigação do cientista se manifestar, porque é o cientista que tem que esclarecer essas questões para a população e os gestores”, afirmou Pasternak em uma de suas falas.

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