O advogado, ex-deputado federal e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous (PT), reagiu na noite desta terça-feira (23) à notícia de que procuradores da operação Lava Jato o tinham como alvo.
Em conversas obtidas pela operação Spoofing, procuradores aparecem tramando a prisão de Damous. O diálogo consta nos arquivos que a defesa do ex-presidente Lula teve acesso após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Em sua manifestação sobre a revelação, Damous relacionou a atuação dos procuradores da Lava Jato com a do DOI-CODI, órgão de repressão subordinado ao Exército na ditadura militar brasileira.
"A lava jato queria me prender por conta dos meus projetos de lei que, segundo eles, embaraçavam as investigações sobre o Lula. Se esses rapazes e moças fascistas da lava jato tivessem na década de 70 a idade que têm hoje, seriam do Doi-Codi e não do Ministério Público", escreveu o advogado.
"Esse fdp merece grade"
Na conversa que consta nos arquivos da Spoofing e que ocorreu em 2016, um procurador identificado como Paulo informa: "Wadih Damous era suplente e agora o titular voltou... será que tem material para investigação contra".
Um outro procurador identificado como Athayde, então, responde: defende "Esse fdp merece grade.. e qdo quiser colaborar vamos virar as costas pq ele disse q preso não faz espontaneamente".
O diálogo está na petição enviada pela defesa do ex-presidente Lula ao STF nesta segunda-feira (22). O petista pleiteia, junto à Corte, a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro por conta de sua articulação ilegal com procuradores com o intuito de anular a sentença que o levou à prisão.