Na onda do Globo, Míriam Leitão faz balanço de Bolsonaro onde ataca política e defende economia

No melhor estilo “bode na sala”, ela recorda que “na economia houve frustração e, depois, melhora”

Foto: Montagem
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Em seu artigo de fechamento de 2019, com o título de “O balanço além da economia”, publicado nesta terça-feira (31), em O Globo, a articulista Míriam Leitão – a mesma que perseguiu os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff para muito além da economia – aponta o ambiente de contínua piora institucional quer cercou o primeiro ano de Jair Bolsonaro. Para ela, “o governo fez um ataque sistemático aos valores da democracia. Não ficou apenas em palavras. Das referências a um novo AI-5, feitas até pelo ministro da Economia, à demolição do aparato de proteção ambiental, às ameaças ao pluralismo na educação e na cultura, foram muitos os erros deste primeiro ano do governo Bolsonaro. A agenda presidencial oscilou entre miudezas e agressões. Foi um péssimo primeiro ano”. Mesmo assim, a jornalista não resiste a fazer elogios a Bolsonaro e seu governo. “Na economia, especificamente, houve uma conquista a comemorar. Há mais de 20 anos o Brasil tentava incluir a idade mínima na sua estrutura de aposentadorias e pensões”, para, no final das contas, exultar: “a de Bolsonaro chegou a bom termo, apesar de ele mesmo só ter interferido para defesa corporativa dos policiais”. No melhor estilo “bode na sala”, ela recorda que “na economia houve frustração e, depois, melhora. No começo do ano a previsão do mercado era de que o PIB cresceria 2,5%. Esse otimismo desidratou-se rapidamente ao longo do primeiro semestre e chegou a 0,8% em agosto”. Logo a seguir, no entanto, ela lembra que “a partir daí houve uma melhora gradual nas expectativas, a tal ponto que se pode dizer que o ano terminou bem melhor do que se esperava há seis meses”. Ao final, depois de apontar vários outros pontos que ela considera positivo na condução econômica, Míriam Leitão se ressente da atuação política de Bolsonaro para lembrar que as contas sentiram o “desgaste provocado pelas crises fabricadas pelo governo”. E encerra com receitas para o próximo ano: “PIB poderia ter sido mais forte não fosse a imperícia na condução do país. O contexto encolheu o desempenho da economia. A torcida é por um 2020 melhor. Feliz ano novo”.      

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