Na TV, Flávio Bolsonaro insinua que sigilo foi quebrado por promotores petistas para atingir o governo do pai

O senador diplomado disse que foi buscar orientação com o pai no sábado (19), no Palácio do Planalto. "Ele me disse 'a estratégia é a seguinte, Flávio, a verdade'".

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Em entrevista à Rede TV na noite deste domingo (21), Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) voltou a afirmar que teve o sigilo bancário quebrado "de forma ilegal e vazado para a a imprensa com o objetivo de me prejudicar e prejudicar o governo que está começando". Leia também: Com Gol 1.0 de patrimônio em 2002, Flávio Bolsonaro comprou R$ 4,2 milhões em imóveis entre 2014 e 2017 O filho de Jair Bolsonaro insinuou ainda que os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro, que investigam o caso, têm ligação com o PT. "Está circulando imagem de supostos promotores com camisas dizendo 'sou do MP e sou contra o golpe'. É uma clara evidência de simpatia com o PT", disse ele, que pretende pedir investigação sobre a atuação dos promotores. O senador diplomado disse que foi buscar orientação com o pai no sábado (19), no Palácio do Planalto. "Ele me disse 'a estratégia é a seguinte, Flávio, a verdade'". Mais cedo, na TV Record, do bispo Edir Macedo, o deputado estadual e senador diplomado disse que os depósitos fracionados identificados em sua conta são resultado da venda de um imóvel. Fórum terá um jornalista em Brasília em 2019. Será que você pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais Na sexta (18), o Jornal Nacional revelou que o senador eleito recebeu R$ 96 mil em um período de cinco dias, entre junho e julho de 2017. Segundo a reportagem, foram 48 depósitos no valor de R$ 2 mil, realizados em espécie no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Flávio Bolsonaro também afirmou que o título de pouco mais de R$ 1 milhão pago à Caixa Econômica Federal deve-se ao financiamento deste imóvel. Os dados do Coaf integram uma investigação do Ministério Público do Rio sobre a suspeita de prática de lavagem de dinheiro ou “ocultação de bens, direitos e valores” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, iniciada há seis meses. Entre os alvos está o ex-assessor Fabrício Queiroz, que movimentou R$ 1,2 milhão em transações suspeitas entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, como revelou o Estado em dezembro. Neste domingo, o jornal O Globo mostrou que um relatório do Coaf apontou que as movimentações financeiras nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, atingiram R$ 7 milhões entre os anos de 2014 e 2017. À TV Record, Flávio disse que Queiroz apresentou uma "explicação plausível" logo após a divulgação dos dados e que espera que seu ex-assessor esclareça logo o assunto às autoridades. "O meu ex-assessor faz ou deixa de fazer é responsabilidade dele. Eu não tenho como saber o que aconteceu. E quando ele me diz, lá no começo, quando fui questioná-lo que dinheiro era esse, ele me deu uma explicação plausível. Ele me disse que parte desse dinheiro era dele, que como policial ele recebia, como assessor da Assembleia ele recebia. E a família depositava na conta dele. O outro ele me disse, 'chefe, explico facilmente, não tem nada de ilegal nisso'", afirmou Flávio. Agora que você chegou ao final deste texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais