"Não estou de acordo com condições 'leoninas'", diz CEO da Pfizer sobre declaração de Pazuello

Em depoimento à CPI, Carlos Murillo, ex-presidente da Pfizer, ainda confirmou que Pazuello mentiu em depoimento ao Senado, quando disse que o laboratório ofereceu 6 milhões de doses ao Brasil em 2020. "Ofertou 70 milhões de doses"

Gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Escrito en POLÍTICA el

Em depoimento à CPI do Genocídio nesta quinta-feira (13), Carlos Murillo, ex-presidente da Pfizer Brasil criticou as declarações do general Eduardo Pazuello, então ministro da Saúde, em fevereiro de 2021, de que "nós queremos a Pfizer em grande quantidade e queremos sem as condições leoninas que nós são impostas"

"Não estou de acordo com essa categorização, de condições 'leoninas'", disse o CEO da farmacêutica ao ser confrontado com a frase de Pazuello pelo relator, Senan Calheiros (MDB-AL).

Murillo ainda confirmou que Pazuello mentiu em depoimento ao Senado, no dia 11 de fevereiro, ao dizer que a Pfizer havia oferecido 6 milhões de doses da vacina em 2020, para entrega somente em 2021.

"A Pfizer, na oferta de 11 de novembro, ofertou 70 milhões de doses", respondeu a Renan Calheiros que insistiu: "A oferta, senhor Carlos Murilo, foi de 6 ou de 70 mihões de doses?".

"70 milhões de doses", confirmou o ex-presidente da Pfizer.