"Não vou fazer adequação ideológica", diz Decotelli em primeira entrevista como ministro da Educação

O novo chefe do MEC afirmou que foi pego de surpresa com o convite, feito na manhã desta quinta-feira

Reprodução/CNN Brasil
Escrito en POLÍTICA el

O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, afirmou nesta quinta-feira (25) que não pretende fazer uma gestão "ideológica" no MEC, ao contrário do antecessor, Abraham Weintraub. O ex-ministro era alinhado com Olavo de Carvalho.

Em entrevista concedida à jornalista Rachel Vargas, da CNN Brasil na tarde desta quinta-feira, o ministro disse que não vai fazer "adequação ideológica". "Eu sou um gestor de finanças e administração. O presidente falou: aplique a ciência, aplique a integração, para podermos entregar a melhor política pública para a educação no Brasil. Não tenho competência para fazer adequação ideológica", disse.

""Não houve nenhuma demanda, nenhuma fala sobre questão ideológica, até porque eu não tenho nenhuma competência ideológica, minha formação é de gestão e finanças. Eu sou um gestor", disse ainda.

Segundo Decotelli, os desafios da gestão serão o de fazer um planejamento para o final do ano em razão da pandemia do coronavírus e o de criar um diálogo mais forte com o Parlamento e entidades representativas da Educação.

O novo ministro, militar e economista, ainda disse que foi pego de surpresa com o convite, feito na manhã desta quinta-feira. Segundo ele, Bolsonaro pediu que "o que foi feito no FNDE no ano passado se estenda para a gestão do MEC".

Decotelli evitou fazer críticas ao antecessor, Abraham Weintraub. No ano passado, o novo chefe do MEC chamou Weintraub de "gestor brilhante".