"Ninguém imaginava que Bolsonaro seria o pior presidente da história do Brasil", diz Simone Tebet

Senadora, que é pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, se mostrou favorável a um arranjo entre os candidatos da chamada "terceira via": "Temos uma avenida larga"

A senadora Simone Tebet durante a CPI (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
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Pré-candidata à Presidência em 2022, a senadora Simone Tebet (MDB) afirmou, em entrevista publicada neste sábado (25) no jornal português Diário de Notícias, que Jair Bolsonaro (PL) é o "pior presidente da história do Brasil".

“Ninguém podia imaginar uma gestão tão ruim, nem que o presidente Bolsonaro pudesse entrar para a história como o pior presidente da história do Brasil. Ninguém imaginava que ele poderia namorar com o autoritarismo ou ameaçar as instituições democráticas e tentar mudar todo o pensamento de uma geração com o discurso de ódio contra as minorias”, disse.

Segundo ela, investidores estrangeiros e nacionais precisam acreditar que o presidente “tem respeito às instituições democráticas e não ameaça a democracia”.

Apesar de não aparecer com projeção eleitoral nas pesquisas, a senadora afirmou que "não há negociação para ser vice na lista de quem quer que seja", mas se mostrou favorável a um arranjo entre os candidatos da chamada "terceira via".

“Estamos num momento da pré-campanha em que ainda temos uma avenida larga para a terceira via”, disse. “Lá por março ou abril conversaremos para definir um amplo acordo democrático que viabilize a terceira via na segunda volta.”

Líder da bancada feminina no Senado, Tebet ganhou os holofotes da CPI da Covid-19 pela demonstração de conhecimento jurídico frente aos depoentes. Além disso, ela foi protagonista de um episódio lamentável de machismo, quando foi chamada de histérica pelo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário.

Ao Diário de Notícias, ela reforçou que sua participação na comissão abrange "algumas páginas" de sua história política, mas que essa não foi a única motivação para ter seu nome lançado à Presidência. “Já faz um ano que o MDB me sonda, por toda a minha trajetória, e não apenas pela minha atuação nessa CPI”, afirmou.

“Eu fui presidente da comissão mais importante do Congresso Nacional, que é a Comissão de Constituição e Justiça, e fui líder da maior bancada no Senado. Hoje sou a primeira líder da bancada feminina no Senado”, continuou a senadora.