Noblat diz que ministro de Temer duvida que haverá eleição neste ano

Motivo seria o "agravamento do quadro de tensão política no país"

Escrito en POLÍTICA el
O jornalista Ricardo Noblat, que atualmente está na revista Veja, informou em seu Twitter na madrugada desta quarta-feira (28) que, segundo um ministro próximo a Temer, há chances de que as eleições deste ano não ocorram. O motivo seria "o agravamento do quadro de tensão polícia no país", o que não permitiria a realização do pleito. A postagem de Noblat veio poucas horas depois da notícia sobre o atentado a tiros contra a caravana do ex-presidente Lula no Paraná e sobre as supostas ameaças que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Lava Jato, Edson Fachin, estaria recebendo. O jornalista não detalhou de que maneira o governo poderia determinar a suspensão das eleições deste ano, mas uma possibilidade concreta é através da PEC 77/2003, que acelera a reforma política. Conforme noticiado pela Fórum, em maio do ano passado, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), autorizou a criação de uma comissão especial para analisar a matéria, que tem como relator o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP). Na ocasião, se aventou que a PEC poderia abrir caminho para cancelar as eleições deste ano, o que foi negado pelo parlamentar petista. "A PEC trata da descoincidência das eleições a partir de 2022 (em anos separados para executivo e legislativo), fim dos cargos de vice, mandato de dez anos para representantes das Cortes e adoção do sistema distrital misto nas eleições a partir de 2026?, disse. O fato de um projeto de 2003 ser desenterrado às pressas, neste momento, abre dúvidas, no entanto, de qual o real objetivo de se aprovar a proposta. Uma vez criada uma comissão especial, qualquer um pode apresentar uma emenda e modificar a data que a medida entra em vigor. É o que alertou o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). "Não é um debate para ser feito neste momento, em meio a um golpe”, disse Pimenta na ocasião. Relembre aqui.