Nordeste é a região mais afetada por debandada no Mais Médicos

Problema é decorrente dos ataques de Bolsonaro ao programa, que tiraram mais de 8 mil profissionais cubanos do Brasil no fim do ano passado

Foto: Arison Jardim/ Secom
Escrito en POLÍTICA el
Reportagem de Alex Tajra para o UOL, nesta terça-feira (09), mostra que 40% das 1.052 desistências do programa Mais Médicos se deram na região Nordeste. A Bahia foi o estado mais afetado, com a perda de 117 profissionais que atendiam em unidades básicas de saúde. O problema é decorrente da saída de 8.517 médicos cubanos do Brasil, em razão dos ataques de Jair Bolsonaro, que, já antes de sua posse, questionava a capacitação técnica dos profissionais e o acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
O governo havia informado que todas as vagas tinham sido preenchidas por brasileiros, mas a saída de 15% dos médicos que aderiram ao programa - por salários de R$ 11.800,00 - reitera a fragilidade da alternativa. O Sudeste é a segunda região mais afetada pela debandada (32,5%). São Paulo concentra 181 desistências. O Ministério da Saúde alega que os postos vagos estão sendo ocupados por médicos brasileiros formados no exterior. Veja também: Médicas cubanas contam como foi participar do programa Mais Médicos