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Com posições tímidas em relação às suspeitas de corrupção, abusos de autoridades por militares e supostas ligações do clã Bolsonaro com milicianos, o ministro da Justiça, Sergio Moro, usou sua conta no Twitter na manhã desta terça-feira (16) para voltar a defender a primeira proposta de seu pacote anticrime: a prisão após condenação em segunda instância.
"Ao Supremo caberá dar a última palavra, mas o Governo não pode agir como uma avestruz. O Governo tem que se posicionar e liderar, com o Congresso, a mudança de um sistema de leis que favorece a impunidade para um de responsabilidade. E você, o que você defende?", indagou o ex-juiz, em sua cruzada para manter na prisão o ex-presidente Lula, condenado por ele em uma processo político.
Moro disse ainda, na sequência de tuítes, que a tramitação de recursos que podem corrigir condenações injustas na primeira e segunda instância "não é democracia".
"Inibe a apresentação de recursos que visam apenas a atrasar o fim do processo e que geram a impunidade daqueles que conseguem manipular o sistema processual. Isso não é democracia. Todos estão sujeitos à lei", tuitou, usando seu velho jargão.
Ao Supremo caberá dar a última palavra, mas o Governo não pode agir como uma avestruz. O Governo tem que se posicionar e liderar, com o Congresso, a mudança de um sistema de leis que favorece a impunidade para um de responsabilidade. E você, o que você defende?
— Sergio Moro (@SF_Moro) 16 de abril de 2019