Omar Aziz diz que Bolsonaro está com raiva porque ele não prendeu Wajngarten: "seria o momento épico dele"

Presidente da CPI do Genocídio, senador amazonense disse que, em live, Bolsonaro "brinca como se estivéssemos numa palhaçada" e não em meio a mais de 400 mil brasileiros mortos

Omar Aziz e Fabio Wajngarten (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
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Em entrevista ao grupo Prerrogativas, transmitida pelas redes sociais em parceira com a TV Fórum neste sábado (22), o presidente da CPI do Genocídio, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Jair Bolsonaro (Sem partido) "brinca como se estivéssemos numa palhaçada" ao responder uma pergunta sobre as ameaças do presidente à Zona Franca de Manaus, feitas na live da última quinta-feira (20), em retaliação ao trabalho que ele vem desenvolvendo frente à comissão.

"Na live de quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro, em um momento em que o país chega às 400 mil mortes… Aí na live, ele diz: aquele cara de nove dedos, aquele Moro, aquela mulher que está ali, não sei o que e tal. Brincando como se estivéssemos vivendo numa palhaçada. Ai ele não ingenuamente - porque tudo que ele faz é premeditado - disse: esse senador ai, Omar, fala muito, Eduardo Braga [senador do MDB-AM], imagine se Manaus não tivesse Zona Franca", disse Aziz.

O senador minimizou as ameaças de Bolsonaro à Zona Franca - que é consitucional - e disse entender a raiva que o presidente tem dele.

"Ele tem todo o direito de me criticar. E eu sei o porquê da raiva dele. Porque ele queria que prendesse o Wajngarten e a CPI acabasse naquele dia. Mas, eu não caí naquela piadinha. Então eu sei que ele está com raiva por causa disso. Eu sei que aquilo seria o momento épico dele: 'olha ai, estão querendo fazer política, agora querendo prender. Bando de bandido querendo prender um homem honesto e tal'. Seria o discurso para acabar com a CPI e a gente não continuasse com as investigações", afirmou Aziz.

Acompanhe a entrevista

https://youtu.be/vmZ6u9Y2m3U