Onyx Lorenzoni leva pastor de sua igreja de carona em avião da FAB em viagem ao RS

O pastor Gerônimo Martins aproveitou o cargo público do ministro para não pagar pela passagem aérea até Porto Alegre, onde acompanhou Onyx em diversos compromissos oficiais

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, levou um pastor da igreja que frequenta, a Sara Nossa Terra, a uma viagem oficial para Porto Alegre, no dia 22 de setembro. O deslocamento foi feito em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que originalmene é destinado apenas à equipe do governo.

O pastor Gerônimo Martins aproveitou o cargo público do ministro para não pagar pela passagem aérea até a capital do Rio Grande do Sul, onde acompanhou Onyx em diversos compromissos. A agenda oficial incluía palestras Associação Comercial de Porto Alegre e na Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS.
De acordo com Daniela Lima, da Folha de S.Paulo, Onyx costuma ir aos sábados na Sara Nossa Terra, em Brasília. Gerônimo, que já ministrou cursos ao lado do bispo Rodovalho, presidente da agremiação, atua em igrejas da capital, inclusive a que é frequentada pelo ministro.
Caso semelhante aconteceu no início de setembro, quando a esposa de Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, Maria Eduarda de Seixas Corrêa, utilizou dos privilégios do cargo público do marido para tirar férias em Paris, na França, sem precisar pagar passagem aérea ou hospedagem. Corrêa pegou carona em avião da FAB e compartilhou quarto com o ministro em hospedagem custeada pelo governo, uma vez que Ernesto estava em missão oficial.
No entanto, no início do governo, Jair Bolsonaro distribuiu um cartilha de normas éticas que recomenda que somente o ministro e a equipe que o acompanha usem aviões em viagens oficiais. A assessoria de Onyx afirmou que, “na referida data, além de palestras realizadas em entidades empresariais, o ministro cumpriu agendas políticas em Porto Alegre. O referido passageiro acompanhou o ministro nessas agendas e sua ida não resultou em nenhuma despesa adicional para a União”.