Operação limpeza: No mesmo dia, novo ministro da Educação apaga ao menos quatro vídeos polêmicos

Se Carlos Alberto Decotteli teve, sem sucesso, que correr para atualizar o currículo e se livrar das críticas, o pastor Milton Ribeiro, novo chefe do MEC, está realizando uma verdadeira força-tarefa para não deixar rastros de suas declarações absurdas

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Temendo ter o mesmo destino de Carlos Alberto Decotelli, que sequer chegou a tomar posse como Ministro da Educação por ter seu imagem desconstruída após serem constatadas fraudes em seu currículo, o novo titular do MEC, anunciado nesta sexta-feira (11) pelo presidente Jair Bolsonaro, já encampa uma verdadeira "operação limpeza" em suas redes sociais.

Isso porque logo após o anúncio de que pastor evangélico Milton Ribeiro é o novo ministro, começaram a vir à tona uma série de vídeos polêmicos em que ele aparece dando declarações consideradas absurdas.

Em um dos vídeos que mais despertou críticas e que foi rapidamente apagado pelo ministro, na manhã deste sábado (11), ele aparece defendendo punição física para crianças. "Não dá para argumentar de igual para igual com criança, senão ela deixa de ser criança. Deve haver rigor, severidade. Vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim: deve sentir dor", diz Ribeiro.

Mas a força-tarefa para deletar os vídeos e não deixar rastros de declarações polêmicas não parou por aí. Ao longo do dia, o novo ministro já deletou ao menos quatro vídeos. Em um deles o pastor criticava o "sexo sem limites" e dava a entender que tal prática é ensinada em universidades. Em outro vídeo já deletado ele aparece atacando o programa Bolsa Família, dizendo que "o governo dá um cartão para o cidadão e, muitas vezes, com todo respeito, ele usa com tudo menos comida".

Para que as declarações não caiam em esquecimento, Fórum fez um compilado das mais absurdas. Confia aqui.