Pacheco indica vice-líder do governo para relator da MP que permite privatização da Eletrobras

Marcos Rogério (DEM-RO) é da “tropa de choque” de Bolsonaro, mas Jean Paul Prates (PT-RN) não acredita “que isso vá ter uma influência muito grande na decisão do plenário”

Marcos Rogério e Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução/Redes sociais
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Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, decidiu pela indicação do senador Marcos Rogério (DEM-RO) para ser o relator da Medida Provisória (MP) que permite a privatização da Eletrobras.

Aliado de Jair Bolsonaro, Rogério é integrante da chamada “tropa de choque” do presidente e tem marcado presença nos depoimentos da CPI do Genocídio.

O relator é vice-líder do governo na Casa e a definição não surpreendeu o senador Jean Paul Prates (PT-RN). “A escolha do relator era previsível. O governo não iria permitir que o senador responsável por relatar uma proposta como essa não fosse de sua base”, diz.

“No entanto, não acredito que isso vá ter uma influência muito grande na decisão do plenário. No Senado, as decisões acontecem de forma diferente da que ocorre na Câmara dos Deputados”, destaca Prates.

Ele acredita que o fato de muitos dos senadores estarem diretamente ligados aos governos estaduais faz com que eles tenham uma forte preocupação com os efeitos da privatização da Eletrobras sobre suas regiões de influência.

Convencimento

“Muitos setores já se manifestaram contra esse processo, inclusive grandes consumidores que são contrários a esse processo. Tenho a certeza de que vamos convencer a maioria do Senado a derrubar essa proposta”, acrescenta.

A MP foi aprovada pela Câmara, na madrugada de 20 de maio, e precisa ser aprovada, em definitivo, pelo Senado até 22 de junho, para não perder a validade.