Para deputado do PDT, chapa Cirina é "abraço de afogados", diz jornalista

Tentativa de aproximação entre Ciro Gomes e Marina Silva seria tentativa de acalmar os ânimos de ala de deputados que defende que o PDT abandone a candidatura e apoie Lula.

Ciro Gomes e Marina Silva | Reprodução/Redes Sociais
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Empacado nas intenções de votos e levado ao quarto lugar nas pesquisas após lançamento da pré-candidatura de Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT) vem sofrendo com a insatisfação de uma ala de deputados do PDT que defende a hipótese de que ele abandone a disputa para que a sigla entre na federação em torno de Lula (PT).

Segundo Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo desta sexta-feira (14), nem a movimentação nas redes em torno da possibilidade do pedetista ter Marina Silva (Rede) como vice tem animado esse grupo de deputados.

"Parece um abraço de afogados", teria dito um dos parlamentares ao jornalista. Um outro afirmara que "não é algo que entusiasme a bancada".

Ainda segundo a nota, a percepção do comando da campanha de Ciro é que isso "não passa de sentimento passageiro" e "tentativa de cooptação por parte do PT".

Disputa no Ceará

Nesta quinta-feira (13), o PT do Ceará filiou 12 prefeitos, sendo quatro deles ligados à família Ferreira Gomes, de Ciro. O partido agora controla 29 das 184 prefeituras no Estado.

Os 12 novos petistas se somam aos 17 prefeitos eleitos pela legenda em 2020 no estado – no último pleito foram eleitos 18 petistas para comandar os municípios do Ceará, porém Dinho Nunes, de Palhano, foi vítima da Covid-19 em 2021. Nunes foi homenageado no evento desta quinta.

Com as novas adesões, o PT ultrapassou o PSD (26) e se tornou o segundo partido com mais prefeituras no Ceará. Quatro dos 12 prefeitos vieram do PDT de Ciro Gomes, que controla mais de 60 prefeituras. O PT levou também o único gestor municipal que o PSOL elegeu no estado em 2020. Os demais vieram de PL, Republicanos, PCdoB, PSDB e MDB.