Para general da intervenção militar, Amazônia tem que ser vendida e índios são "indolentes"

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Na mesma palestra em que defendeu intervenção militar, general Mourão apoiou privatização total e venda da Amazônia e disse que o brasileiro precisa superar herança indígena, ligada à "indolência", e herança africana, ligada à "magia" Por Redação A defesa de uma intervenção militar no país foi o ponto alto da fala do general Hamilton Mourão em uma palestra à maçonaria, recentemente, que gerou enorme repercussão nacional. Na mesma palestra, no entanto, o militar levantou outras bandeiras que defende que não ganharam destaque na imprensa. O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) divulgou em suas redes sociais um vídeo em que mostra outros trecho da fala de Mourão em que ele reproduz o Consenso de Washington em dois aspectos: no entreguismo e na crítica à cultura nacional. Em um dos pontos de seu discurso, o oficial das Forças Armadas diz que é preciso parar de ter medo de vender terras da Amazônia e das fronteiras e defende a privatização de tudo. "Vamos liberar as coisas", afirma. Em outro momento, dá pitacos sobre a cultura nacional e pejorativiza indígenas e africanos. "Carregamos dentro de cada um uma herança cultural tripla: a herança ibérica, do privilégio, todo mundo quer se dar bem; a herança indígena, da indolência e a herança africana, que é a da magia, que tudo vai dar certo (...) Temos que romper este ciclo". No vídeo, o deputado chama a atenção para o risco que há neste tipo de declaração de um general da ativa uma vez que, em novembro, as Forças Armadas promoverão exercícios militares na amazônia brasileira com a presença de observadores norte-americanos. Assista.