Parlamentares lamentam condenação de Lula e convocam o povo às ruas

Vários parlamentares se manifestaram contra a condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro, nesta quarta-feira (12). O tom predominante é de que foi uma condenação política que visa a tirar Lula das eleições de 2018.

Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa ordinária. Em discurso, senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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Vários parlamentares se manifestaram contra a condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro, nesta quarta-feira (12). O tom predominante é de que foi uma condenação política que visa a tirar Lula das eleições de 2018. Da Redação O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foi um dos primeiros a se manifestar sobre a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Não vivemos em uma situação de normalidade democrática, isso não é democracia. Isso é um estado de exceção. Nossa reação tem que ser muito forte, nós temos que fazer manifestações nas cidades brasileiras. Temos que organizar atos no Brasil todo, não podemos ficar em silêncio diante desse fato", disse. "É hora de ir para cima, não é hora de ficar intimidado", acrescentou. Lindbergh alertou ainda que eleição presidencial em 2018 sem Lula "não é eleição, é fraude" e colocou em dúvida se o PT deve participar de uma disputa sem a participação do ex-presidente, caso a condenação se confirma em segunda instância. "Eleição de 2018 sem Lula não é eleição, é fraude, é farsa. Eu não sei se nós temos que participar, temos que denunciar internacionalmente", defendeu. Ele destacou ainda que "o pessoal de Curitiba sempre atuou com timing político". Em transmissão ao vivo pelo Facebook, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) também criticou duramente a condenação do juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Lula nesta quarta-feira 12, a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foi uma "decisão política de um juiz partidário", afirmou Pimenta. Segundo ele, indo na mesma direção de Lindbergh, uma eleição presidencial sem Lula em 2018 "não será tolerada, nem permitida". "Vamos às ruas, às praças e ao parlamento em defesa da democracia e do ex-presidente Lula", anunciou. A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (RS) qualificou como "lamentável" a decisão do juiz federal Sérgio Moro. Segundo ela, é condenável que um magistrado "se dê ao papel de fazer política" visando excluir Lula da disputa presidencial de 2018. "Foi uma decisão política, sem provas", feita para "prestar contas à opinião pública", afirmou. Já o senador Humberto Costa (PT-PE), disse em entrevista à imprensa que tem a convicção da absolvição de Lula em segunda instância: “Nós temos absoluta convicção que quando este processo chegar ao TRF da 4ª região certamente nós teremos uma revogação dessa decisão que é parcial e nitidamente política”. Costa também falou sobre as eleições de 2018: “O Juiz Moro quer substituir milhões de brasileiros que querem votar em Lula presidente e impedir que assim, um projeto que foi interrompido com o impeachment de Dilma possa voltar à atividade”. O senador do PMDB pelo Paraná, Roberto Requião, em sua conta no Twitter, postou, assim mesmo em caixa alta: “No dia seguinte do fim da CLT, LULA CONDENADO. PARA DIVERTIR, DO ITALIANO DIVERTRE, DESVIAR DO QUE IMPORTA”. O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), classificou como "julgamento político" a feita contra o ex-presidente Lula no caso do triplex no Guarujá. "Foi uma condenação sem nenhuma prova, um julgamento político, que a gente sabe muito bem que tem um objetivo, que é interferir nas eleições de 2018, impedindo que Lula seja candidato. Sabemos que Lula tem ficado em primeiro lugar em todas as pesquisas", destacou, em entrevista a jornalistas. Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado