Partido "anticomunista", UDN está de "portas abertas" para receber clã Bolsonaro, diz dirigente da sigla

"Por parte do partido, existe uma grande intenção de que eles venham. Seria maravilhoso", diz representante da sigla, que ressuscita antigo movimento opositor ao getulismo

Flavio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Reprodução)
Escrito en POLÍTICA el
Reportagem de Renata Muniz, na edição desta segunda-feira (18) do jornal O Globo, informa que Marcos Vicenzo, representante em Brasília da União Democrática Nacional (UDN), partido que está sendo criado, disse que a nova sigla está de "portas abertas" para receber o clã Bolsonaro. Leia também: Aliados de Eduardo Bolsonaro replicam texto que diz que Bebianno era “agente infiltrado no governo” "Por parte do partido, existe uma grande intenção de que eles venham. Seria maravilhoso. As portas estão abertas para a família Bolsonaro e para os parlamentares. Minha visão é que, pela linha ideológica, por ser a UDN um partido de direita, com história de combate ao comunismo, e com todo esse problema no partido deles, acredito que (a migração) seja uma via natural que se comece a desenhar", disse Vicenzo. Envolvidos em uma guerra com o Partido Social Liberal (PSL), sigla que abrigou a candidatura de Jair Bolsonaro ao Planalto, os filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro, que pertence ao PSC, já teriam iniciado tratativas para levar todo o clã - incluindo o senador Flávio Bolsonaro - à UDN. Pegando carona na onda conservadora, a UDN quer remontar o partido - de mesmo nome - criado em 1945 para fazer oposição ao então presidente Getúlio Vargas com o lema: "O preço da liberdade é a eterna vigilância", frase atribuida a Thommas Jefferson. Após o Golpe militar de 1964, muitos quadros da UDN migraram para a ARENA Aliança Renovadora Nacional. Segundo Marcus Alves de Souza, futuro presidente da nova UDN que delegou a Vicenzo a tarefa de falar sobre tratativas com o PSL, a sigla já tem quase 400 mil assinaturas, sendo necessárias mais cerca de 87 mil. Souza já foi presidente estadual do PRP no Espírito Santo e acabou demitido da subsecretaria da Casa Civil do governo Paulo Hartung após ser acusado de reter parte do salário de um comissionado da Assembleia Legislativa e de ameaçá-lo.