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O Diretório Nacional do PSL contratou 64 policiais civis e militares ativos para atuar em serviços de segurança privada durante a campanha eleitoral, prática vedada pela legislação. O partido de Jair Bolsonaro gastou mais de R$ 50 mil nestes serviços. A atuação irregular de policiais em segurança privada durante o contra-turno é vista como um dos braços da milícia.
Segundo levantamento de Felipe Bächtold e Italo Nogueira, da Folha, com base nos dados revelados pelo PSL no TSE, foram 64 agentes públicos de segurança contratados para atuar no contra-turno. Mais de cem diárias foram pagas, totalizando R$ 50 mil vindos do fundo partidário do PSL e com receitas de campanha. As diárias eram de R$ 500, incluindo alimentação e transporte.
Além destes 64, há um ex-PM que foi expulso da corporação após ser acusado de cobrar propina de traficantes da Rocinha. O ex-cabo Claudio Botelho chegou a ser absolvido, mas não reverteu o desligamento.
Os contratos foram assinados por Gustavo Bebbiano, ex-presidente da sigla e ex-ministro, que coordenou a campanha de Jair Bolsonaro.
Os policiais contratados informavam documentalmente que estavam prestando o serviço "com autorização legal", no entanto, a atuação de PMs e policiais civis como segurança privado é estritamente proibida. Isso está explicitado nos estatutos dos policiais civis e militares do Rio de Janeiro exigem dedicação exclusiva.
Os serviços de segurança privada no contra-turno de oficiais são uma das formas pelas quais as milícias se sustentam.