Patrícia Lélis será candidata a deputada federal pelo PDT

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Ex-militante do PSC, a jornalista que já denunciou o pastor Marco Feliciano por estupro conhece bem os bastidores da Câmara. Nos últimos meses, entrou em contato com o movimento feminista e vem, desde então, denunciando o golpe que ela mesma chegou a apoiar no ano passado. Agora, quer contribuir por mais representatividade feminina na Câmara e lutar pelos direitos das mulheres Por Redação A jornalista Patrícia Lélis, ex-militante do PSC que no ano passado denunciou o pastor Marco Feliciano por estupro, será candidata a deputada federal em 2018 pelo PDT. O anúncio de sua candidatura foi feita pela própria jornalista à Fórum. Durante os anos que trabalhou ao lado de Feliciano, Patrícia pode conhecer bem os bastidores da Câmara dos Deputados. Nos últimos meses, mudou completamente o seu campo político ao entrar em contato com o movimento feminista. Desde então, influencia centenas de mulheres com os textos que publica na Fórum e em outros veículos, além de sua página no Facebook. Ela chegou a apoiar o golpe de 2016 mas, após entrar em contato com os pensamentos da esquerda e do feminismo, pediu desculpas públicas à ex-presidenta Dilma Rousseff. Aos 23 anos e concluindo a segunda graduação, desta vez em Direito, Patrícia afirma que a principal pauta que irá defender em sua campanha e durante seu mandato, caso eleita, será o direito das mulheres. Segundo ela, a decisão de se candidatar partiu de várias mulheres que estariam pedindo para que ela se candidate, até pela falta de representatividade feminina no Legislativo. "Desde o ano passado que recebo várias mensagens de mulheres pedindo que eu me candidate, até mesmo por que a participação da mulher na política é muito pequena.  Eu não quero fazer política para elite, mas para todos, e principalmente aos mais necessitados. Enquanto existir gente passando fome, pessoas novas tem que entrar para a política, por que nitidamente as que já estão, não estão fazendo um bom trabalho", disse. Para a jornalista, 2018 é um ano de "renovação". "É um ano de quem foi pra rua, que pagou o pato, voltar atrás e reconhecer que nada melhorou após o golpe". Quanto à escolha pelo PDT, Patrícia diz que se deu muito pelo fato de que não há nenhuma deputada mulher em Brasília pelo partido. Além disso, afirma "simpatizar muito" com as ideias de Ciro Gomes, pré-candidato à presidência pelo partido, e com as feministas do PDT. "Acho que o momento da política requer pessoas novas, com novos pensamentos, e não vejo representatividade feminina na Câmara", pontuou.