Paulo Guedes se revolta com MP por denúncia contra seu assessor um dia depois de promoção no cargo

Denunciado pela Procuradoria da República no Distrito Federal por participação no rombo de R$ 5,5 bilhões nos principais fundos de pensão do país, Esteves Colnago foi promovido um dia antes da formalização da denúncia, o que teria irritado Paulo Guedes

Paulo Guedes (Foto: Reprodução)Créditos: Reprodução/TV Câmara
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Paulo Guedes está revoltado com a denúncia do ex-ministro do Planejamento, Esteves Colnago, um dia após o economista ser nomeado chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia. Segundo informações da coluna de Lauro Jardim nesta segunda-feira (13) no jornal O Globo, Guedes, que também é investigado por manipulação financeira de fundos de pensão, tem certeza de que alguém de dentro do governo contou aos procuradores sobre a promoção de Colnago e que o MP escolheu a data a dedo para tentar impedir a posse. Denunciado pela Procuradoria da República no Distrito Federal na quinta-feira (9) por participação no rombo de R$ 5,5 bilhões nos principais fundos de pensão do país, Colnago foi promovido por Guedes um dia antes da formalização da ação do Ministério Público. Ele foi denunciado por “gestão temerária” pela Operação Greenfield, da Polícia Federal. Os fundos que tiveram verba desviada foram o Petros, da Petrobras, Funcef, da Caixa Econômica, Previ, do Banco do Brasil, e Valia, da Vale. Choro sem arrependimento Colnago, que chegou a chorar durante a entrevista à Folha, disse que conversou com o ministro após a denúncia do MPF e que Guedes teria o orientado a ficar “tranquilo”. Perguntado se foi um erro votar pelo investimento, Colnago foi taxativo: “Não. Naquele momento, com as informações que tinha, sinceramente não sei se teria outra posição a dar. Hoje é muito fácil olhar para trás e falar: ‘Puxa, não deveria ter feito’. Mas naquele momento as informações que eu tinha não me levavam a tomar outra decisão”. O repórter insiste ainda se ele se arrepende de ter votado daquele jeito. O assessor afirma: “Não me arrependo. Deu errado. Podia ter dado muito certo. Mas deu errado. É difícil. Não, não me arrependo. Você ia imaginar que a Petrobras tava cheia de coisa lá dentro? Nunca. Que o petróleo ia despencar? Os grandes bancos estavam entrando, não só os públicos”, encerrou.