Paulo Pimenta diz que Bolsonaro pode ter usado nome de Ustra em teste do coronavírus

Deputado vai questionar o Hospital das Forças Armadas de Brasília, onde o presidente realizou o teste, para confirmar a manipulação

Foto: Reprodução/TV Globo
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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou nesta quinta-feira (7) que Jair Bolsonaro pode ter feito seus exames para coronavírus utilizando o nome do torturador da ditadura militar, Carlos Alberto Brilhante Ustra.

O deputado disse ainda que vai questionar o Hospital das Forças Armadas de Brasília, onde Bolsonaro realizou o teste. “Eu acho que ele usou o nome de um terceiro e o exame deu positivo [para coronavírus], disse, e completou: "A informação que tenho é que usou o nome Ustra", disse, em entrevista ao Brasil 247.

Bolsonaro tem evitado fornecer à imprensa o exame que comprova seu teste negativo para o coronavírus. No dia 27 de abril, o TRF-3 deu prazo de 48 horas para União fornecer ‘os laudos de todos os exames’ feitos por Bolsonaro, atendendo a um pedido feito pelo jornal O Estado de S.Paulo. 

Contrariando a ordem judicial, que exigia a íntegra do exame, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um relatório médico da coordenação de saúde da Presidência, datado do dia 18 de março, no qual aponta que Bolsonaro encontra-se assintomático, mas não revela se o ocupante do Planalto contraiu o vírus. A AGU também recorreu ao TRF-3, argumentando que não existe obrigação legal de fornecer os referidos exames.