O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) foi interrompido em sessão da Câmara nesta quarta-feira (24) quando explicava os motivos que levam Bolsonaro a ser considerado genocida por muita gente. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) tentou censurar o parlamentar. No Jornal da Fórum desta quinta-feira (25), Teixeira listou todos os fatos que para que o Brasil alcançasse a triste marca de mais de 300 mil mortes e disse que não será intimidado. “Ele é um assassino, um genocida, e quem o apoia comunga das suas ideias e sustenta os seus crimes”, afirmou.
Teixeira falou sobre a recusa do governo Bolsonaro em compras de vacinas no ano passado, da Pfizer, da Covax e da Sputnik. “Se ele não tivesse recusado, o país estaria num patamar maior de vacinação, enfrentando essa segunda onda.” Ele ainda lembrou a falta de oxigênio em Manaus no início do ano, e apontou que Bolsonaro descredenciou leitos, incentivou o tratamento precoce, sem comprovação científica, desestimulou o uso de máscaras e que, hoje, faltam kit intubação nos hospitais. “Compraram cloroquina com recursos públicos e deixaram de comprar vacina”, disse.
Segundo o deputado, para pessoas como Bolsonaro há duas soluções: impeachment ou levar as barras dos tribunais. “Ele sim cometeu crime, Dilma não”, comparou.
Para Teixeira, o recado de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, de que se Bolsonaro não consertar os rumos de sua gestão terá de provar “remédios políticos amargos e fatais”, significa que nem o centrão tolera mais. “Líderes do centrão acharam que poderiam domesticá-lo, mas ele não se domestica. Ele precisa sair de lá, veja o que foi a eleição de Biden, 110 milhões de vacinas aplicadas em 50 dias.”
"Ernesto Araújo não conseguiu ajudar o Brasil em nada, vai ficar para a história da antidiplomacia e o presidente vai ficar como genocida", concluiu.
Assista ao programa, que contou também com a participação Ana Maria Costa, Lucas Rohan e apresentação de Cynara Menezes.