Pazuello desapareceu desde que foi desautorizado por Bolsonaro e deixa secretários de Saúde apreensivos

Diante da segunda onda da Covid-19, secretários estaduais consideram difícil convencer a população da possibilidade de um novo fechamento do comércio

General Eduardo Pazuello, ministro da Saúde - Foto: Marcos Corrêa/PR
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Desde que foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) quando anunciou que compraria 46 milhões de doses da vacina do Instituto Butantan, a Coronavac, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sumiu.

De acordo com o Painel, da Folha, secretários estaduais de Saúde ouvidos pela reportagem estão apreensivos com a segunda onda, que tem se agravado em muitas cidades. Os secretários consideram difícil convencer a população da possibilidade de um novo fechamento do comércio.

Bolsonaro teve um ataque de fúria em outubro, após o anúncio de um acordo entre o Ministério da Saúde e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) – um dos principais inimigos do presidente -, para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, a vacina chinesa contra o coronavírus, ao custo de R$ 2,6 bi – que seria disponibilizado pelo governo a partir de uma Medida Provisória. O ministro Eduardo Pazuello foi o foco da raiva do presidente.

Logo pela manhã, Bolsonaro disparou mensagens, por celular, para ministros dizendo que “não compraremos vacina da China”. Na sequência, o presidente respondeu em letras garrafais a seguidor nas redes sociais que a vacina chinesa “NÃO SERÁ COMPRADA” pelo governo.