Pecado Venial: FHC subestima conluio de Moro e procuradores

"É pecado venial, não é mortal", diz FHC ao minimizar conteúdo das conversas divulgadas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol na Vaza Jato

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso minimizou as conversas vazadas entre o ex-juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Para FHC, que Moro não queria melindrar, há um "exagero natural" nas conversas da Vaza Jato. “É pecado venial, não é mortal. Eu acho que o Sergio Moro, enquanto juiz, era natural que conversasse com um ou com outro. Não podemos supor que as pessoas viviam num laboratório abstrato. As pessoas têm relações e podem até, nas conversas pessoais, exagerar, e isso não ser apropriado diante daquilo que se olha na sociedade”, afirmou o ex-presidente a Giuliana Miranda, da Folha. Sobre o diálogo em que Moro critica Dallagnol por envolver FHC na Lava Jato para não "melindrar alguém cujo apoio é importante", o ex-presidente também disse não ver nada demais. “A meu respeito não tem nada. O que ele disse é uma coisa de consideração apenas, sem envolver nada. Até porque não há nenhuma acusação contra mim, nunca houve”, afirmou. O ex-presidente saiu em defesa de Moro logo no início dos vazamentos do The Intercept, alegando que não via nenhuma irregularidade. Para Glenn Greenwald, isso mostra que  o "plano de Moro" funcionou. "FHC é grato a Moro,como deveria ser. Assim que publicamos nossas primeiras exposições #VazaJato, FHC foi um dos primeiros a defender Moro e a Lava Jato. A gratidão de FHC é compreensível", considerou o editor do The Intercept Brasil.