Petrobras afasta supervisores que foram contra acordo coletivo da empresa

Petroleiros vão levar a levar a questão ao Ministério Público

Foto: Arquivo/Petrobras
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Oito supervisores da Petrobras, lotados na Província Petrolífera do Urucu (AM), na região Norte do Brasil, foram afastados de seus cargos após votarem contra a terceira proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), segundo o secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Costa. O Facebook silenciou a Fórum. Censura? Clique aqui e nos ajude a lutar contra isso Segundo a FNP, que reúne cinco sindicatos do setor, os afastamentos aconteceram na unidade de Urucu, onde a Petrobras produz petróleo e gás. Costa afirmou que a empresa tem convocado funcionários com cargos comissionados para participar de assembleias e votarem a favor da empresa. "Há um claro objetivo de assédio moral coletivo de querer impor que os funcionários votem a favor da empresa, o que é um absurdo, se tratando de uma democracia", afirmou Costa à agência Reuters. "Não é razoável que um trabalhador que vá para uma assembleia seja intimidado a votar em uma proposta que ele é contra", completou. Tanto a FNP quanto a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne 13 sindicatos de petroleiros, reprovam as propostas de acordo coletivo apresentadas. Segundo a FUP esta última manteve "uma série de cortes de direitos, além de prever reajuste salarial abaixo da inflação". Petroleiros informaram à Fórum que vão entrar com recurso no Ministério Público contra a atitude da Petrobras. Assista ao vídeo de José Maria Rangel, presidente da Frente Única dos Petroleiros (FUP), denunciando os afastamentos dos supervisores: